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Cry baby...
Travesseiros manchados.
Essas coisas não deveriam acontecer com tanta freqüência. Eu acho que tudo já está ruim o bastante, não precisava os sonhos serem ruins também, assim eu não teria medo, também, de dormir. É, quem sabe eu realmente seja uma pessoa ruim. Queria poder não acreditar nisso, mas pior cego é aquele que não quer ver. E como já disseram “Nada será da maneira como já foi um dia”, ou por aí. Não gosto de aceitar, mas eu estou cansada demais para provar o contrário. E eu só não queria levar toda a culpa. Talvez eu seja ruim por isso, por errar sozinha.
Apenas cansada demais. Só.
...Bye, bye baby.
posted by andressa elis 10:39 AM
Tem vezes que eu ainda consigo chorar. Em outras a mágoa não deixa e eu engulo. Depois de desespero e agonia talvez seja natural ficar sensível. É, acho que não é sensível a palavra, mas não faz diferença. E se sentir desprotegida demais, pequena demais, frágil demais, sozinha demais. Sim, sozinha é a palavra, apesar de não gostar dela. Eu não gosto quando é assim. Eu me sinto não só magoada, mas triste também. Tão insegura, que jogo tudo o mais alto possível tentando fugir do medo. Só que nem sempre dá para fugir, e quando acho que brinco com ele, foi ele quem brincou comigo. O medo é injusto, ele faz o que quer com quem o permite. E eu sei que eu o permito. Eu só não consigo segurar o que vem antes dele e quando ele faz o estrago já é tarde. Mas é difícil ver estrelas quando o tempo e o vento não ajudam, é difícil.
posted by andressa elis 1:08 AM
Quando eu era pequena eu não entendia como os adultos poderiam deixar de gostar de brincar. Brincar, pra mim, era uma das coisas mais importantes, porque eu gostava mais do que qualquer outra coisa. Não sei, eu achava que aquele era o dever das crianças, brincar e mais nada. E o dever dos adultos era amar. Mas o problema, é que os adultos enjoam de brincam, e de amar também. Por isso que eu gosto de brincar até hoje. Talvez por isso que eu tenha problemas com muitas coisas. Só que eu prefiro ter os problemas, por piores que sejam, do que enjoar de brincar. Brincar me faz bem, machuca muitas vezes, mas o machucado sara. E quem sabe, os adultos enjoam de amar, porque os machucados não cicatrizam da maneira como os machucados das brincadeiras. Porém, eu acho que os machucados de criança como de adultos são iguais. A única diferença é que crianças sabem perdoar e esquecer. E mais, o amor por brincar é muito maior do que a dor do machucado.
E nada mais.
posted by andressa elis 8:42 PM
Tempo de mudanças.
Hoje fiz um rocambole de morango, um bolo de chocolate e um de cenoura. Tudo para o aniversário da Mamy, que é amanhã. E amanhã farei macarronada para o almoço e torta para o café da tarde. A Mamy ficou contente de eu ter feito, agora espero que esteja tudo bom e que todos gostem.
Hoje bati fotos da minha gata e também dei banho nela. E a cada dia ela fica mais linda e eu mais boba por ela. Poxa, que culpa eu tenho de gostar dela?!
É, e hoje está tranqüilo também. Talvez seja porque eu optei por perdoar. Perdoar a mim, principalmente. E assim, fica mais calmo e bonito até. Eu gosto assim.
...
Nossa, eu fui fechar o portão para o Opa agora, e a lua está linda. Amanhã também é lua cheia. E eu gosto.
posted by andressa elis 9:39 PM
Até ontem a idéia de “-Tá, eu quero ser feliz!” me parecia muito fácil. Hoje já não é mais. Aquelas risadinhas, correr por tudo, gritinhos, vento contra e “-Olha, eu estou sorrindo pra ti, tens que me amar por isso porque todos me amam”, estão me causando náuseas. E eu realmente quero sair daqui, creio que deu de ficar me iludindo que isso pode vir a ser um lugar bom, mas não é. Não é. Talvez a ilusão me cegue, ou talvez a esperança de poder salvar o perdido. Quem sabe. Ou talvez, também, odiar e cultivar um câncer seja mais fácil do que tentar brincar de ser feliz. Não se tenta ser feliz, apenas se é. E eu ainda não aprendi como se faz para simplesmente ser feliz e perdoar. Eu não sei perdoar, e ser feliz também não.
posted by andressa elis 3:49 PM
Duas retas paralelas nunca se unem, certo? E paralelas opostas? Muito menos...
posted by andressa elis 10:40 AM
O que me resta? Conversar com cinco galinhas e uma gata. E retiro qualquer ofensa que eu já tenha feito às galinhas. Elas são muito compreensivas.
Ah, eu descasco cebolas também.
posted by andressa elis 11:04 AM
Dói. Dói muito. E eu estou perdida.
posted by andressa elis 11:41 PM
Está bem, eu estou sozinha em casa pela previsão de uma semana. Tá que a Mamy está de férias até quarta, mas não conta. Porque terei que ir atrás da minha sobrevivência, traduzindo, eu terei que cozinhar. E meu, ou eu realmente não sei como funciona um fogão, ou deixaram o fogão da cozinha sem gás. Tudo bem, não priemos pânico, eu me viro com o fogão lá de fora, que leva séculos só para ferver água. E mais, me deixaram a responsabilidade de cuidar de um papagaio e cinco galinhas. Sem contar a minha gata, mas dela eu sempre cuido. Será que não aprenderam ainda que eu não tenho muita sorte com animais? Ainda mais se tratando de galinhas? É, que não reclamem depois, farei o que estiver ao meu alcance. E poxa, hoje, na agência de empregos, enquanto eu esperava para ver uma vaga, uma mulher começou a conversar comigo. Ela começou falando que queria o corte de cabelo como o meu, mas o marido não deixava. No fim até a foto do filho ela me mostrou. Uma criança linda. Mas enfim, quando, graças a uma ajuda divina, gritaram 0-9 fui ver sobre a tal vaga e o que eu ouço? “- Você tem que ter no mínimo seis meses de experiência!”. Pô, se não me derem um emprego eu terei experiência quando? Quando aquela guria de cara amarela da agência achar que eu devo ter um emprego? O mais legal que eu acho que ela me ouviu falando que eu achava ela antipática para a mulher que conversava comigo. E daí, ela que continue rebolando aquela massa pegajosa e colocando aquele amontoado de peles no pescoço. Eu não preciso dela. Na verdade eu preciso, não custava nada ela me ajudar, poxa. Atender telefone e anotar recados qualquer um faz. Mas fazer o que né, não era o dia. Quem sabe amanhã. Uma hora ela irá se cansar da minha cara. Porra, tem um mural cheio de empregos naquela bosta, alguma coisa lá tem que ter pra mim, ou eu sou tão inútil assim? É, talvez eu seja, mas poderiam me deixar fazer alguma coisa. Atender telefone eu sei. :)
posted by andressa elis 9:05 PM