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Tem vezes que eu tenho um medo fulminante. J‡ me falaram que o meu problema poderia ser medo, mas a cada dia eu afirmo mais que as pessoas falam demais e sabem de menos. Oras, que perfeito seria acordar todos os dias e poder acreditar cegamente nas palavras de um desconhecido, ou atŽ mesmo achar que eu conseguirei dormir tranquilamente esta noite. Se l‡ fora est‡ ventando, Ž porque tem coisas que n‹o s‹o mais as mesmas, o tempo est‡ mudando. E a minha escolha Ž que ele mude e me leve junto. Que me pegue pela m‹o e me deixe no lugar que escolher. Juro que tentarei fazer as coisas certas l‡. Vou ser boa, principalmente comigo. E quando eu conhecer alguŽm, direi que tem coisas que eu n‹o sei, mas nem por isso eu quero deixar de viver. Eu s— quero ver nos olhos de quem ensina um pouco de confian�a. N‹o pode ser t‹o dif’cil assim ter a certeza nas m‹os ou andar em linha reta. Cansei de complica�›es e preocupa�›es. Quanto mais eu tento mais eu estrago. Preciso de um novo, mas custa caro.
posted by andressa elis 7:45 PM
A minha vida sozinha...
Eu chegaria em casa, deitaria na minha cama (s— minha), e ficaria ali, olhando para o teto, por mais ou menos meia hora para mais. A’ ent‹o, tomaria um banho, bem demorado, comeria algo e iria ler algum livro. Ou quem sabe, eu n‹o faria nada disso, ou tudo ao contr‡rio, ou cantaria, dan�aria, pularia, gritaria, sorriria. E eu teria um gato ou um cachorro para poder dar aten�‹o e vice-versa. N‹o teria compromisso para nada e com nada, apenas comigo mesma. Aos finais de semana eu atŽ iria limpar a casa, lavar roupa, fazer almo�o. Mas tambŽm iria passar horas comprando sapatos, bolsas, roupas, iria no cabeleireiro, manicure, pedicure, massagista, e voltaria para casa e assistiria a algum filme, desses que passam na globo aos s‡bados, com muita pipoca e refrigerante. E eu iria caminhar todos os dias antes de ir trabalhar. Sim, e de segundas ˆs sextas eu iria trabalhar. E quando eu quisesse conversar coisas s— minhas, falaria sozinha, na rua, no ™nibus, no mercado, com estranhos, com crian�as (elas me entenderiam). Eu n‹o me sentiria patŽtica por gostar de certas coisas e achar certas coisas que os outros n‹o gostam, porque s— eu iria saber. S— eu saberia das minhas coisas, da minha exist�ncia, e do que sinto. S— eu teria vontade de fazer tudo e nada ao mesmo tempo e seria tudo para mim. Eu nunca mais iria me sentir pequena e sozinha, porque eu teria a mim mesma. E tambŽm n‹o iria saber se alguŽm se importa ou n‹o, porque eu n‹o iria falar com ninguŽm. E quando eu chorasse e algo me machucasse, eu estaria ali e tudo ficaria bem. E nas noites de frio, eu teria cobertas. E quando eu quisesse aquele abra�o e aquele boa noite, n‹o iria me preocupar em lembrar, porque nunca os tive. E ah, eu ouviria as melhores mœsicas no som mais alto poss’vel. E usaria sapatos em casa quando quisesse ou pantufas s— de calcinha. E andaria na rua rindo de quem eu tivesse vontade de rir. E brincaria com crian�as. ÒE se eles tem tr�s carros, eu posso voar.Ó E que se foda tudo, eu tenho mais o que fazer.
posted by andressa elis 7:44 PM