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quinta-feira, agosto 29, 2002

 
Acordei o mais cedo, o mais cedo que o meu sono me permitiu. Fiz o trabalho de português com uma letra horrível e tomei banho. Peguei uma calça qualquer e passei creme nos cabelos. E, sim! Mesmo tentando ser a mais rápida possível, perdi o ônibus. Ai tive um certo tempo para não fazer nada. Perceber que o meu anel está frouxo, ouvir da Oma que o meu cabelo está muito molhado, e que isso não me fará bem. E essas músicas estavam me irritando, então, tive mais um tempo para não fazer nada, enquanto esperava o horário de ir para o ponto de ônibus. E nesse tempo fiquei olhando para as coisas e me irritando, lembrando e me irritando, respirando e me irritando, tentando ser e me irritando, e não esquecer e me irritando.


posted by andressa elis 1:51 PM


segunda-feira, agosto 26, 2002

 
Um ser tão pequeno. Que tornava aquele espaço tão grande, comparado ao seu tamanho. Mas ele voava e tomava forma. Ia de um extremo ao outro, querendo achar saída e se debatendo contra as paredes. O barulho da agonia e do esforço de suas asas era gritante. E tudo pelo alívio e por uma janela aberta.
E eu? Eu só ouvia, e torcia para que aquilo parasse logo. E por que não fui abrir a janela? Não sei. Eu achava que poderia parar de repente com o cansaço e insistência. Mas não parava, e eu continuava encolhida na cama. Porém, dado por vencido, o silêncio. E mesmo assim o sono não vinha, e pensamentos insistiam em manter os meus olhos abertos. Mas e aquilo que provocava aquela situação irritante? Acho que apenas cansou. De sofrimento talvez...


posted by andressa elis 2:03 PM


sábado, agosto 24, 2002

 
"Sem saber que o pra sempre, sempre acaba"

posted by andressa elis 10:39 PM

 
Ontem eu senti frio e vontade de chorar o dia inteiro. E tentei me manter entre as pessoas que estavam me fazendo bem. Senti falta de praticamente tudo e de mim mesma. Lembrei muito da infância, e de como eu sorria sem medo e do modo como eu era capaz de tudo. Talvez aquela fictícia infância, mas a minha infância. Percebi que as coisas que me machucam hoje, doem da mesma maneira como doíam lá. O pavor que eu sempre tive de perder as pessoas, o medo do escuro, a falta de atenção, a aflição de ficar sozinha, odiar quando brigam comigo... E também vi que eu ainda ajo em muitos momentos do mesmo jeito. De como eu sou extremamente manhosa e orgulhosa, de ter um ciúme doentio por tudo, dos sentimentos que sempre guardei, da necessidade de abraços e sorrisos, de precisar constantemente das pessoas... E acho que eu não posso/quero/consigo ser forte como querem que eu seja. Ainda quero que para certas coisas tenha alguém que possa fazer para mim(sim, hipocrisia), não por eu não precisar fazer, mas por saber que alguém se importa comigo e quer me ver bem. Ainda quero que certas pessoas sempre estejam lá do mesmo jeito que estiveram um dia, e que eu possa sempre tê-las e que queiram isso. Ainda quero achar que sentir não dói, que eu vou poder sorrir e algo ficará melhor, que alguém sempre vai se orgulhar de mim, que posso ser quem eu sempre quis ser, e que amar é da mesma forma como eu achava quando criança, inexplicável.

“Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre

Mas nada vai conseguir mudar
O que ficou
Quando penso em alguém só penso em você”



posted by andressa elis 3:09 PM


sexta-feira, agosto 23, 2002

 
Não sei. Eu estou com muita raiva das pessoas. Muita raiva mesmo. A maneira como elas me tratam, e a maneira como me sinto quanto a isso, é horrível. E tenho medo dessa raiva não passar. Mas enfim, não importa.

posted by andressa elis 2:16 PM


segunda-feira, agosto 19, 2002

 
Sabe o que eu gosto? Quando ele fala “a gente”. Seja qual for a colocação, eu gosto.

E o menino que pega ônibus comigo, não está mais descendo no mesmo ponto que eu. Triste.
Esses dias, acho que a uma semana atrás, ele assim:
- Hoje vou levar uma menina ao cinema.
Eu achei tão bonito, que não sabia nem o que falar para ele. Mas:
- Ah é? Poxa, que legal! Mas seja educado com ela, heim?
- Sim, vou até pagar o cinema para ela! - e riu.

Eu não conseguindo nem estabelecer uma linha de raciocínio decente quanto aos meus sentimentos, e o meu “ex-vizinho” de 12 anos já está levando meninas ao cinema. Realmente, inconformável.

Deixo aqui o meu protesto quanto a pessoas de 12 anos, que já vão ao cinema acompanhadas! E me pergunto: onde foi que eu me perdi? Isso não é justo. Não é!


posted by andressa elis 10:43 PM


sábado, agosto 17, 2002

 
Foguetes. Estou ouvindo milhares deles. Seguidos, repetitivos, sem efeito maior. Apenas alguns foguetes. Talvez tenham motivos para estarem sendo soltos. Para mim, nenhum. E eu não quero falar, agora não. Quero ficar quieta, ver o tempo passar e ouvir o silêncio. E pensar e sorrir sozinha só de lembrar. Sentir o peito preencher e ficar bem. Ficar bem por um momento, mesmo que depois sejam lágrimas, mas ficar bem, pensar, sentir, lembrar e sorrir. Provavelmente não nesta ordem. Mas não importa, eu quero, agora, é ficar aqui, sem entender nada e poder confundir tudo ao máximo, e rir de mim mesma. Ver que eu conseguirei e achar tudo lindo. Ouvir gargalhas de crianças e andar nas ruas com cachorros. Cumprimentar as pessoas e deixar o sol cegar. Deitar em gramados e contar estrelas. Dormir e poder sonhar com o que me faz bem. Só eu sei o que me faz bem. E me deixem sorrir por isso. É bom e é lindo. Mesmo que ninguém saiba, é meu da minha maneira.

Neste mundo existe mais fome de amor e atenção do que de pão.


posted by andressa elis 11:33 PM


sexta-feira, agosto 16, 2002

 
Meu, teu, dele. Nosso, vosso, deles.
O que seria inteiramente meu?
E o que seria teu?
Eu seira meu
Tu serias teu
E ele seria dele?
E se eu quisesse o dele para o meu Meu?
E se caso tu quisesses o meu Meu?
O meu Meu é tão meu, a ponto de não ser teu
Mas se tu me deres o teu Teu, poderás ter o meu Meu
Porém, o teu Teu será meu
E não terás nem o meu Meu, muito menos o teu Teu
Então, fique com o meu Meu
Que eu ficarei com o teu Teu
Assim, poderemos ter o Nosso
Aceitas o Nosso?

posted by andressa elis 7:10 AM


quarta-feira, agosto 14, 2002

 
Creio que o moço do guarda volumes da biblioteca quis me trucidar hoje. Coloquei tudo o que eu carregava em cima do balcão, deixando-o encharcado. Quando eu voltei ele disse:
- Poderias ter entrado com a bolsa(se referindo ao casaco e à pastinha, que estavam pingando), já que fosses só renovar o livro.
Ai dei um sorriso amarelo e falei:
- Sim, mas ai não terias essa imundice aqui!
Sai e voltei a me molhar.


posted by andressa elis 6:20 PM


terça-feira, agosto 13, 2002

 
Pesadelos, eu os odeio!
E odeio, também, o fato de querer que as pessoas sejam sempre perfeitas comigo. E elas quase nunca são.
O foda que as pessoas que tu menos espera algo, são as que mais te surpreendem. E as que tu gostaria, não fazem.


posted by andressa elis 2:51 PM


segunda-feira, agosto 12, 2002

 
Eu deveria por algum momento escolher o que não me machuca? E que me faz bem de uma maneira superficial(o João falou a palavra superficial antes, e ela pesou)? Eu não sei. Cansei de falar e de sentir. Cansei de chorar. Cansei de engolir o meu orgulho por nada. Cansei...

....i need new feelings, that don't hurt me..

posted by andressa elis 7:34 PM


domingo, agosto 11, 2002

 
Às vezes eu choro. Quase sempre eu choro. E eu gostaria de poder mandar todos tomar nos seus respectivos cús por me julgarem por isso.

posted by andressa elis 11:42 PM

 
Algo em mim dói. Aquela fumaça que vai descendo e entrando nos pulmões. Aquela fumaça que te consome e que pedi mais. Aquela fumaça que te transporta à dor. Aquela fumaça que se desfaz e que se perde. Aquela fumaça que toma espaço dentro de ti e que te destrói. Aquela fumaça que te deixa, que te deixa com danos e dor, que acaba apagando lembranças.

posted by andressa elis 7:14 PM

 
Ressaca.
Ontem dedicaram um I love you para mim. Prometeram-me carinho, proteção e amor. Mas eu não aceitei. Não tive como aceitar. E acabou me entristecendo a maneira como eu estava longe de lá.
Po, lá tinha até um cara que trabalhava com o Opa. Ele assim: - Quem diria, tu metida no rock!. Ai eu ri. Aliás, eu ria de tudo.
Esse “lá”, era em Rio do Sul. Um lugar estranho, onde uns amigos meus foram tocar(banda denominada por Rosa Atômica). Foi legal até. E foi engraçado também. Mas como disse, eu continuava longe.
E eu percebi como eu gosto e como me faz bem ouvir coisas ao meu respeito. Todos nós gostamos. Mas para mim, eu acho que vai além de gostar, é precisar. E isso não é bom. É insegurança, inferioridade e incapacidade demais.

Antes eu liguei para o Antônio(meu pai). Desejei feliz dia dos pais e perguntei como ele estava. Eu fico feliz, que das poucas vezes que eu falei com ele, eu fiz ele rir. Aquela risada boba, de coisas bobas. Mas eu gosto de ouvi-la. Isso porque quando o conheci, ele disse que não ria muito. E comigo ele ri, e isso me faz bem. Ele disse que eu estava com uma voz bonita. Sim, eu estou meio-rouca. E ah, eu não o chamei de pai, eu não consegui. Mas eu liguei, e nem doeu tanto assim.

posted by andressa elis 1:50 PM


sábado, agosto 10, 2002

 
Estaria, eu, vivendo em uma redoma de vidro?
Pela maneira como penso e sinto muitas coisas, me leva a achar que sim.
Seria ingenuidade e hipocrisia demais querer algo perfeito, algo para mim?
E seria muita filho da putagem mandar todos se foderem e dizer que eu não preciso deles, que eu preciso exatamente do que eu não tenho?
Não sei, não sei e não sei.
E do que eu preciso? Sentimentos? De mim mesma? De ti? Dos teus sentimentos? Da tua certeza?
Não sei.
Sim, sei. Sei que eu preciso de ti para poder sentir. E eu não gosto dessa condição. Mas esse não gostar não chega a ser maior do que eu preciso. E isso sim, eu odeio.

I can love
But I need his heart



posted by andressa elis 1:55 AM


sexta-feira, agosto 09, 2002

 
- É muito pedir amor de alguém?
- Não. Mas amor não se pedi, se tem e se senti.


E se sabe? Não sei!

É mais fácil guardar. Dói menos.


posted by andressa elis 2:58 PM

 
Bem, agora são cinco para as sete, acabei de perder o ônibus para ir pro colégio.
Tá, não acordei muito bem, fiquei quase dez minutos para achar o moletom que eu queria, e o meu cabelo não estava colaborando. E sem contar que eu estou com uma puta cara de atropelada. Mas tudo bem, tudo bem.
Espero que hoje não seja um daqueles dias em que Leis de Murphy atuam por todos os lados.
Mas algo de bom, perdi a primeira aula de química.
E ah, agora eu tenho fones de ouvido. Good! (Eu já estou com fones de ouvido desde a semana passada. Mas fones de ouvido para mim são memoráveis, porque costumam virar lenda na minha mão).
E ah 2º, estou ouvindo algo muuuuito bom. Jeremy Enigk – Shade and The Black Hat.
Não são todos os dias que posso ouvir algo bom logo pela manhã. Good 2º!

posted by andressa elis 7:00 AM


quarta-feira, agosto 07, 2002

 
Ontem , depois do Teste Vocacional (a D. Alda falou que a princípio, tenho aptidão para liderar, criar e me comunicar. Disse, também, que tenho o meu lado sentimental bastante desenvolvido – merda!), fui comprar cartolinas para o trabalho de português. Não tinha cartolina preta. Tive que comprar papel cartão. Não gosto de papel cartão.
No caminho, percebi como universitários-calouros são criaturas estranhas. Eles se aglomeram em conveniências, ouvem Kelly Key e seus derivados, e se embebedam. E o pior! Acham bonito.
Acabei me orgulhando por ter um cartão para a biblioteca e o laboratório de informática daquela universidade de merda, e por conseguir ir sozinha ao ginásio de esportes daquela universidade de merda, sem me perder. E o melhor! Não sou universitária daquela universidade de merda.
Está bem, eu aguento as gargalhadas se caso eu continuar naquela universidade de merda ano que vem.
Mas ano que vem, é ano que vem...

E sabe o que eu descobri hoje? Que toda vez que eu entrasse na cozinha com o intuito de fazer algo no fogão, deveria soar um alarme que dissesse:
- Não mexe! Não mexe que a merda fede!
Não consigo nem fazer café, sem fazer lambança. Inútil!
E puta, café me faz muito mal. Eu fico tremula, meu coração dispara e eu não consigo raciocinar direito (tá, isso eu já não consigo normalmente). Credo!


posted by andressa elis 11:14 PM


segunda-feira, agosto 05, 2002

 
Como alguém só consegui dormir abraçado a um travesseiro azul, com babados brancos e em formato de coração? Tão pequeno que mal fica encaixado entre os braços.
Esta noite, enquanto esperava o sono vir, fiquei tentando achar em palavras a sensação de preenchimento que um simples travesseiro me passava. Me veio de maneira estranha, mas percebi que ali, deitada, com meus medos, tentando dormir abraçada a um
travesseiro, tive a sensação de não estar sozinha. Que ali, eu poderia ter. Ter de uma forma tão completa, que se durante a noite me desse pela falta dele, acabaria acordando, com a aflição da perda.
Eu sei que o meu travesseiro (Chero, assim, por mim apelidado) é meu. E acho que algo não basta ser seu. Para ser do modo que gratifica, precisas sentir pelo o que é seu, e o Seu precisa saber.
Creio que é por isso que não abro mão do meu mundo branco, cor-de-rosa e de cores infantis, para poder crescer. Porque ele é meu. E nele, eu sinto e eu sei.
E sabe aquele choro engolido, que não deixa as lágrimas aparecerem, que te deixa com os olhos vermelhos, que te faz amargo e que te deixa perceber que só capacidade não basta, precisa mais? Que precisa da confiança e da segurança de um “sim”? E que além disso, precisa de um olhar que possa confirmar?
No meu mundo, onde pode haver sentimentos, dos mais patéticos e estúpidos para muitos (que são da minha maneira, e eu que me vire com eles), esse “sim” é grande. E eu o sinto, mas apenas não sei.


posted by andressa elis 9:05 PM


domingo, agosto 04, 2002

 
Dói.
Agora, em especial, está doendo. Mais do que deveria.

E?

Ainda prefiro pensar que os dias bonitos vencem, e achar que eu não preciso ser alguém melhor.
–Me deixem no meu mundo, por favor!


....Someday you're gonna shine.


posted by andressa elis 11:18 PM


quinta-feira, agosto 01, 2002

 
O meu fim de dia até que não está sendo de todo ruim, até então. Apesar de eu ter tido a vontade de fuzilar o Eusébio, por ter feito nós cantarmos individualmente, e por eu ter me sentido uma ameba ambulante por isso. Mas enfim...
Fui ver as minhas aulas de teclado e de violão depois do coral. Quando eu cheguei lá estava acontecendo uma apresentação dos professores de música. Tudo bem, fiquei lá de intrusa esperando. No final eu já estava até segurando as garrafas térmicas para um ser de cabelos grisalhos e de óculos engraçados, para que ele pudesse bater fotos do tal acontecimento.
Bem, as aulas de violão começarão semana que vem e as de teclado terei que esperar até que ela me chame.
O legal de lá que as pessoas riem sozinhas. Eu saindo e uma mulher lendo um jornal e dando gargalhadas. Achei aquilo lindo!
Em falar em sair, creio que ninguém gostaria de te me visto saindo daquilo. É um tal de entra e sai, vai para a direita, vai para a esquerda, sobe e desce escada, entra em cafofo, sai de cafofo. Noooossa! Eu precisarei providenciar um mapa daquele lugar.
De resto, sem mais...

E sim, eu estou com tpm!!


posted by andressa elis 10:24 PM

 
O dia hoje está legal. Nublado e com cara de chuva. Me identifiquei com ele.
Estou preocupada, putiada e cansada. Estou, também, pensando em muitas coisas ao mesmo tempo, que no fim acabo pensando em nada.
Eu gostaria de conseguir dormir. Bosta!...



posted by andressa elis 4:46 PM


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