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E eu queria ter dito tanta coisa, ter feito tanta coisa, ter mostrado tanta coisa, ter sido tanta coisa. Mas está doendo. E fazia tanto tempo. O tudo bem. Ah, não sei também. Não sei mais o que vale e o que não vale. Ter tudo e tudo mais ou ter nada e nada mais. Eu preferiria o tudo e nada mais. E não é possível. Deixa, essa agonia de ter que fazer algo logo para não precisar aceitar, sempre acaba. Só que a maneira como acaba nem sempre é boa. Mas poucas coisas são boas, então para que se importar? Tudo acaba mesmo, independendo como. Hoje, a agonia precisa acabar. Ou algumas coisas irão acabar comigo. E eu não quero. Não quero mais esse medo, esse medo de tudo. De mim.
posted by andressa elis 1:40 AM
Às vezes o mundo deveria ser da maneira que ele é quando acordo. Mas só até o momento em que a minha cabeça não teve tempo de pensar e assimilar nada. Porque depois eu já não gosto mais. Depois, eu começo a ter raiva. Hoje, por exemplo, tive uma raiva muito grande, que acabou me entristecendo. E que culpa eu tenho de certas coisas, palavras, acontecimentos não saírem da minha cabeça, que culpa eu tenho? É, eu sei, eu deveria mandar as pessoas calarem a boca muitas vezes, né? Quem sabe, assim, eu teria uma convivência mais tranqüila comigo mesma. E não só mandando calar a boca, mas sabendo dizer não também. Se eu tivesse dito não mais vezes, ter me valorizado mais e me imposto mais, quem sabe, hoje, eu conseguiria sorrir sem os músculos do meu rosto precisarem doer. E sem tudo foder tanto, sem me cobrar tanto, sem me importar tanto, sem deixar de viver tanto para tentar viver. Realmente, talvez um não teria feito a diferença. A diferença nas dores e nas lágrimas. Já nas alegrias, não respondo por elas.
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
(eu digo, vai doer)
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber
posted by andressa elis 10:35 AM
Sempre (nunca).
E eu. Eu que sempre odiei mais do que amei. Eu que sempre tive medo. Eu que sempre achei que conhecê-lo seria impossível. Eu que sempre briguei. Eu que sempre chorei. Eu que sempre quis ter quem amar. Eu que sempre me enganei. Eu que sempre quis o que nunca pude. Eu que sempre fiz o errado. Eu que nunca soube como ser feliz, hoje, esqueço tudo. Resolvi por o que e quem me faz mal em uma caixa velha, e espero não precisar reabri-la tão cedo. E decidi que preciso viver, mais. Ter a minha vida, onde só eu sei o que é certo e o que realmente quero. Se não for? Não faz mal, só eu saberei. Irei viver o meu conto de fadas, onde eu o escreverei. Já tenho nomes para os personagens. Os vilões, os que pouco importam e os especiais. Quem morre e quem me salva no final? Também tenho nomes, porém, creio que o final terá que ser rescrito. Mas tudo bem, enquanto vivo o meu conto de fadas, o mundo continua. E espero conseguir ter em esquecimento muitas coisas. No entanto, não terminadas. Quem sabe o termino delas seja o fim do tal conto de fadas. Maybe. Mas não hoje. Hoje está tudo real demais, e fora do meu alcance, só que muito nítido. Mágoas, sim. Tristezas, sim. E um bom dia, sim. “–Tudo ficará bem.” foi o que ouvi e o que respondi. Talvez não para mim e nem para ninguém. É difícil saber quando tudo irá ficar bem. Quem sabe quando tudo piorar realmente e pararmos de ver o errado. E quando, também, conseguirmos dizer a nós mesmos o que queremos e o que não queremos, assim será mais fácil quando nos perguntarmos o que fazer. E será hilário quando soubermos o que fazer e preferirmos a incerteza. Sempre é assim, se não fosse, pessoas não se matariam, não mentiriam e a vida não seria uma grande piada. E sim, as coisas poderiam ser fáceis, mas não teria graça, foi o que ouvi também. Tudo bem, hoje só estou sobrevivendo, não faço parte de nada. Amanhã, se me permitirem, começo a viver, o meu conto de fadas ou a vida real. Acho que irei optar pela primeira. Lá as coisas podem ser verdadeiras e da minha maneira. Querendo ou não, o que é para ser, será.
Bosta no ventilador. - ela diz.
posted by andressa elis 12:59 AM
Sim, deve haver uma explicação. E irei colocá-la no cú do Natal. Eu o odeio muito, quase mais que tudo. Mas não faz diferença agora. Natal, fim de ano, Ano Novo, tudo de uma só vez. Eu gostaria de saber o motivo de eu odiar tanto esta época. É, talvez eu saiba, mas é melhor não. O engraçado que a dezoito anos atrás tudo que eu queria era o que eu quase tenho agora. Mas não está mudando em nada. Pois é, é estranho. Estranho mesmo é terem roubado o que me fazia bem, e nem ao menos terem avisado. Andressa, sua ignorante, nunca somos avisados de roubos. Eu sei, mas poderiam ter me avisado, talvez não me entristecesse tanto.Alguém lembra dele? É assim que tudo está. Frio, vazio e perdido.
posted by andressa elis 8:05 PM
Chuva. Lulis. Eu. Moço do Blu Lanches. Roupa molhada. Chuva. Cabelo escorrendo. Moço do Blu Lanches. Eu. Lulis. PBF. Toalha. Lulis. Cachorro. Eu. Moça da PBF. Moço da PBF. Eu. Lulis. E mesmo assim tudo ainda doía e dói. Mas hoje eu sei qual é o problema, tem pessoas que me fazem muito mais mal do que bem. Como se fosse aquela tristeza que faz adoecer. Que só me faz querer dormir, para sempre. E sim, peço desculpa a ela, linda no seu uniforme de trabalho e seus olhos brilhantes. Desculpa por não conseguir ser como deveria, porém eu sei que tu entendes. E sabe do que mais? Eu fico muito feliz, muito mesmo, quando tu precisas de mim e ficas alegre ao me ver. Eu gosto de tu precisar de mim, gosto mesmo. Só que eu apenas não estou bem. Talvez precise dormir um pouco, não sentir mais frio e dor. E quem sabe, um dia, tudo voltará ao seu lugar e para mim. Ou então, o vazio, que também não faz diferença. Nada mais faz diferença e muito menos tem importância (agora).
posted by andressa elis 8:39 PM
Algo sangra. De ódio, de raiva, de dor, de desprezo. E por que isso mais uma vez? Não sei, eu realmente não sei. E é uma merda. Uma merda tão grande que chega a feder no nariz do outro, que não liga. Por que? - agora eu sei - Porque a merda é minha e eu que me vire com ela. Pois é, o que me dá mais ódio com tudo isso, é que eu preciso viver a minha vida. Mas não, a minha cabeça doente não me permite. Ela quer que eu fique da mesma maneira de sempre e que aceitar e suportar seja a solução. O pior ainda, é que eu juro que tento dizer não para ela, mas não consigo. E tem uma outra merda também, eu estou precisando daquela mulher. Bosta, se eu precisar sempre dessa mulher para me sentir alguém melhor, ela que vá tomar no cú e que tome essa existência miserável de presente. Sim, se quiser até embrulho em um gigantesco papel vermelho com uma fita dourada e com os dizeres: “- Toma, esse mundo e essas pessoas não são para mim”. É, de verdade, isso tudo me faz muito mal. Humanos sabem ser nojentos e humilhantes quando querem e quando não querem, sabem fazer as suas merdas federem na vida dos outros, e mais, fazer com que eu me importe. Mas tudo bem, logo, logo a minha cabeça vai voltar a funcionar da maneira certa e querendo o meu bem, e logo, logo tudo ficará bem. Se não for, deixa eu pensar assim, amanhã, talvez, eu acorde desse pesadelo e irei rir de mim mesma.
posted by andressa elis 12:10 AM
É tão claro e lúcido, mas distante e irreal ao mesmo tempo. E por incrível que pareça, de uma certa forma, eu engoli o medo. Engoli a seco, mas engoli. Esqueci princípios, futilidades, promessas, depois, pessoas - nem tudo foi esquecido, apenas não quero lembrar – por um dia, um dia que leva a outro dia em que não consigo dizer não e que acabo tendo tudo roubado. Porém ganho tudo e nunca tenho nada. Mas no fim esse nada se torna grande. Uma grandeza que não deixa ficar entre as minhas mãos, que escorre, cai e quebra. E é assim todos os dias, toma forma e foge do controle. No entanto, o vento lá fora me trás frio e doença. Aquela doença nojenta que contagia e me deixa sem o instinto de humana. Mas no fim de tudo eu ainda posso ficar calma, mesmo desprotegida eu me mantenho, no sono e no sonho, de olhos abertos, porque não se tem o que perder, já está tudo perdido.
E agora, com licença. Eu preciso parar de viver por um instante e aceitar que eu odeio, odeio e odeio. E ainda, ver que nada, absolutamente nada, já foi como eu realmente quis. Não, perdoe-me, algo foi sim. Mas foi-se e ainda está aqui, no canto dos meus olhos me cutucando e dizendo que eu não faço mais parte – do real e do engano.
posted by andressa elis 12:55 PM
Sim, eu voltei para o meu mundinho. Meu lindo mundinho. E agora, agora eu estou bem, I guess. Claro, milhões de preocupações, trilhões de coisas a fazer, mil músicas e algumas pessoas apenas. Tá, eu estou perturbada. Ai céus, não é culpa minha também. É a lua (mentira, nem está perto da lua cheia). Mas enfim, que diferença que faz, eu sempre dou um jeito, como diria a Lulis. Em falar em Lulis, acho que ainda seguirei o conselho dela:
-Dessa, compra um vibrador. Não fala, não enche o saco e te da prazer.
Genial.
E a propósito, ei minha garotinha voluptuosa (uaul), és minha na sexta, ouviu bem? Minha.
posted by andressa elis 8:58 PM