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Hoje, em vez de fazermos ginástica, como de costume, primeiro jogamos mata-soldado, onde “matei” quatro pessoas, e depois jogamos futebol. É, foi cômico. Descobri que eu sou uma melhor torcedora do que jogadora. Porque eu gritava e gesticulava muito mais do que corria. Mas foi legal, ri bastante. E claro que teve o clássico “Filho da Puta!”.
E quando estava descendo do ônibus, na volta para casa, vi: Circo Clone, e pensei: “Tá, o que que é isso? Um circo nas proximidades de Pomerode?”. Mas poxa, eu sempre gostei de circos, sempre gostei muito. Então, fui andando devagar e fui lendo as atrações. O tal circo estréia na sexta. E sabe o que eu achei mais legal? O circo tem cachorros, da onde eu estava, dando uma de metida, consegui ver três. Vi crianças também.
E eu acho que deveriam me arrumar um emprego no tal circo, o que eu não sei, mas seria legal.
posted by andressa elis 4:23 PM
Parem! Por favor, parem pessoas sem escrúpulos e sem consciência.
Sim, esse é o meu modo de defesa: desprezo. Sei que devo pedir desculpas por muitas coisas, mas no entanto, não sei perdoar. Não sei perdoar as pessoas, nem a mim mesma. Então, apenas lamento, lamento pelas pessoas que realmente sentem e que se importam.
...cortem suas cabeças, elas crescem denovo!
posted by andressa elis 1:12 PM
Como não fui à aula, dormi boa parte da manhã. Não tive fome e fiquei deitada no cantinho da cama, para não desarrumá-la e para não tirar os bichos do lugar. Sentia muito frio e às vezes parava de ler e ficava olhando para o meu mural, onde tem algumas fotos de quando eu era pequena. Tentei, pelo menos, poder sorrir, mas doía muito vê-las e perceber no que está agora a vida daquela criança que sorria sem medo. Senti solidão e perda, apenas. Eu não sei o por quê disso, não sei mesmo. E a vontade é de parar tudo, e gritar que eu não sou assim, que eu não preciso, que tudo vai passar e eu deixarei de ser fraca. Mesmo que ninguém entenda e que eu suma a olhos vistos, algo fará sentido algum dia. Nem que para isso, aqui tenha que chover a cântaros e eu tenha que me perder, perder a mim mesma.
Mas, entre tudo, eu não consigo esquecer. E dói.
posted by andressa elis 2:42 PM
Eu estou me sentindo sozinha. Aquela criança que acorda de um pesadelo chorando e não pode correr para a mãe, porque ela vai brigar, não pode correr para o pai, porque ele não vai ligar, não pode correr para ninguém mais, porque irá rir. Frágil, sem poder ouvir e sem poder ver. Cansada, querendo nunca mais acordar. Triste, por acreditar em ilusões.
As lágrimas caem sem dó e sem piedade. E as pessoas agem como se não houvesse dor. Pisam e fazem de ti um ser inferior.
Querer algo, dói. Querer que as coisas não sejam assim e que quem nunca se importou, se importasse agora, dói. E eu não quero mais ter que olhar para as pessoas e ter que sorrir, mesmo sabendo que no fundo, elas não são e não sabem ser puras. Que elas não sabem que um simples gesto verdadeiro e de importância, basta.
As pessoas estão se tornando nojentas e desprezíveis no meu mundo.
posted by andressa elis 11:32 PM
As minhas pernas doem, doem muito. Doem como muitas outras coisas doem. E eu tive que mudar essa coisa aqui. Mas enfim, minha inutilidade não me permitiu fazer algo melhor. Aliás, nada melhor, nada. Acomodação? Quem sabe, de qualquer maneira machuca. Chegar em casa e ver que as pétalas estão caindo não me faz bem. Eu queria elas lindas para sempre, lindas como o rosto da menina que pega ônibus comigo. Mas tudo muda, tudo passa, e eu aqui parada, apenas analisando que eu poderia ser melhor, que eu poderia ser. E que não precisava ser assim, não precisava. Poderia pelo menos não doer.
posted by andressa elis 8:55 PM
Perdi o ônibus de sempre. Peguei um que tenho que andar mais. Vim ouvindo o CD que me entregaram hoje, vendo o céu nublado com algumas nuvens escuras, sentindo a garoa, o vento e o frio, sentindo o meu tênis sujar, sentindo a calça debaixo dos pés, não podendo respirar, sentir a cabeça doer e o nariz sangrar. Sem conseguir pensar, e querer nunca mais parar de andar por ali, sem pressa, com pressa. E o máximo que pude foi conduzir as minhas pernas até em casa, mesmo não querendo. E tive que ver pessoas que falavam e não sentiam como eu estava sentindo. Queria poder fazer todos perceberem que não é assim, que os botões das rosas se abriram e que eu estou sentindo. Sentindo tudo, sentindo saudades. Uma calma saudade, mas um desejo de poder olhar e deixar ali, quieto e sendo tudo aquilo que preciso.
Sing it please, please, please
Come back and sing to me
To me, me
posted by andressa elis 1:46 PM
Como diria a moça do filme que vi ontem: “eu tenho tanto medo do que é ruim, que acabo esquecendo do que é bom”.
posted by andressa elis 2:59 PM
Anoiteceu(melhor, é de madrugada), ouço a chuva, estou com gigantescas olheiras, meus ouvidos estralam, meu estômago dá voltas, muito mel e leite quente e ainda sou daquelas que agora guarda os passes em uma embalagem de M&M’s.
Conseguir dormir, dormir e dormir...
posted by andressa elis 2:28 AM
Não fui à aula, desmarquei o dentista, senti dores, gripe e começo de amigdalite. Fiquei vendo o vento e o sol, deitada numa cama. E tristeza e falta de vida.
- Quando as coisas irão melhorar?
- Um dia...
- Esse dia fede!
posted by andressa elis 3:40 PM
Chega a doer mais do que eu posso sentir.
posted by andressa elis 7:54 PM
Eu sou extremamente gulosa. Tenho gula e sede de tudo. E ultimamente estou adorando quando digo –eu quero. Seja o que for e da maneira que for. Eu quero poder dizer –eu quero. E daí se para muitos eu não posso? Para mim, eu posso dizer –eu quero. Não ligo. Mas da minha maneira eu tenho, eu sei que tenho, e ninguém precisa saber. E não importa se dói ou se não é assim na realidade, eu posso fingir que é. Ilusão? Diria que não. Aceitação talvez. Aceitar que eu posso ter tudo aquilo que quero, como todos podem ter, e eu também. Alimenta, conforta, tranqüiliza. Deitar e sentir o coração bater sem medo. E saber que ele tem motivos para isso. Que ele é meu e ninguém sabe, só eu. E como já disse em algum dia, -é meu da minha maneira. Não precisamos ter posse de algo, é apenas ter.
posted by andressa elis 9:21 PM
Hoje eu ganhei dois CD’s, The Blue Album do Weezer e White Blood Cells do White Stripes. Obrigada Mussi e Fê, obrigada mesmo.
E eu diria que estou cansada. De tudo.
posted by andressa elis 7:20 PM
Aniversários de familiares é um problema. Só te fazem perguntas cretinas. Tal como:
- Pintasse o cabelo?
- Não, ele desbotou.
Mas enfim, nem irei citar as demais.
E eu estava vendo umas fotos na casa da minha madrinha. Acabou me dando uma ligeira vontade de ter a minha família, os meus filhos, o meu marido, a minha casa, o meu trabalho, a minha vida, as minhas vidas. Sim, é estranho. Mas eu quis. Naquele exato momento me deu um aperto, e eu quis. É, as coisas estão estranhas mesmo, os pensamentos principalmente. Não sei mais o que falo, não sei mais das certezas, não sei mais o que é certo. Quer dizer, odeio a expressão “certo”, acho que realmente não existe o certo e o errado, mas sim coisas que fazemos ou deixamos de fazer, e que machucam ou não. E sei lá, creio que não são de palavras, nem de sentimentos que eu estou precisando. Eu estou precisando da minha vida, de mim mesma e de uma certa tranqüilidade que me faça bem. Eu também quero não precisar mais pensar. Preferiria dormir. Dormir até o momento de acordar e poder sorrir. Olhar ao redor e ver boas pessoas, que estejam rindo. Rindo alto de si mesmas, do medo, das fraquezas, dos passos em falso, das inseguranças, dos fracassos, dos olhares alheios, da vida. E dali em diante, serem melhores e saberem o valor, o valor de simplesmente estarem respirando, tendo, sentindo e sabendo.
posted by andressa elis 9:42 PM
Cansei. Cansei de servir de saco de pancada. Cansei das pessoas acharem que podem vir falando a merda que for e depois ficar tudo bem. Cansei. Eu não preciso disso, não preciso mesmo. Eu preciso viver e ponto. Foda-se!
Fodam-se pessoas hipócritas!! E tomem no cú!
posted by andressa elis 6:38 PM
Formidável, completo. Foi assim, o melhor possível.
Sem ter o que por e tirar. Tinha que ter sido assim, e foi. E todos agiram corretamente. Não teria sido o mesmo sem a Lulis para me esquentar durante à noite, sem a Bay para andar comigo pra lá e pra cá, sem o Teteus para reclamar das suas dores nas costas, sem o Neimar para fazer suas imitações, sem o Fabinho para correr de cueca e dar suas risadas diabólicas, sem o Thi para vestir o pijama da Lulis e me dar (não sei ainda se dado) um CD com Sister Hazel (que é muito bom), sem o Mus para dançar com cadeiras, sem o Klaus para ser meu par na brincadeira do “soda” e “whisky”, sem o Elso para me falar coisas estranhas, sem o Zé para dar um de bêbado e encher todo mundo, sem o Fê para me dar um pirulito com língua-de-sogra, sem o Ota para imitar porcos, sem o Kako para comprar o presente mais lindo pra Missi, sem os quatro casais (Gah e Ariel, Fê e Nego, Kaya e Fi, Josi e Tomio) para deixar o lugar mais bonito, sem os pais da Kaya por terem feito a viagem acontecer, sem o guia Roque com suas pregações, sem o motorista punheteiro, sem o cara da recreação do hotel para me encher, sem o cara da recepção para me roubar alguns centavos e não saber nem os cálculos que fez, sem os dias de sol e sem todas as gargalhadas.
Realmente, obrigada! Acordei e dormi rindo os três dias. E cheguei a conclusão de que eu não quero sair do 3º ano tão sedo. Que essas pessoas me fazem bem e me fazem sorrir. Não tenho medo, nem dor. É simplesmente viver e pronto, o resto se ganha com o tempo. E o que se precisa para viver é muito pouco, que chega a ser patético. Apenas alguns sorrisos, abraços, olhares e boas palavras. E claro, pessoas que nos querem bem.
posted by andressa elis 2:24 PM